Originalmente, o termo drogas significa produtos obtidos de forma natural ou artificial, destinados ao uso medicamentoso.
Hoje, assim são denominados produtos tóxicos, naturais ou sintéticos, que causam a intoxicação crônica do Homem, causando o desejo ou a necessidade irresistível de continuar seu consumo, cada vez em doses maiores, provocando uma dependência de ordem psicológica - necessidade da droga para atingir o máximo da sensação desejada - e química - perda do controle do uso em razão da necessidade física da droga, com sintomas dolorosos quando a droga não é usada.
A neurobiologia da dependência explica o início e a manutenção do consumo abusivo de qualquer droga.
As drogas têm a característica de reforçar e incrementar uma resposta positiva no indivíduo, perpetuando o hábito do consumo, que se transforma em vício, uma vez que seu uso leva ao prazer ou á recompensa, funcionando como automedicação, evitando a síndrome da abstinência.
Buscando experiências mais profundas em suas mentes já em desequilíbrio, na força da transição para uma Nova Era, muitas pessoas enveredam pelos caminhos das drogas, naturais e artificiais, procurando as excitantes experiências psicodélicas.
Nos Estados Unidos foi criada uma religião psicodélica - o Psicodeísmo, que utiliza drogas em seus rituais. A própria palavra - psicodélica - tem o significado de “manifestação da mente”, e as drogas aguçam os sentidos e proporcionam à mente novas sensações, ampliando a sensibilidade e levando à situação de verdadeira “viagem” por outras dimensões.
São três as categorias das drogas:
- depressoras - inibem a atividade cerebral, como, por exemplo, o álcool, xaropes de codeína, calmantes, barbitúricos e inalantes;
- estimulantes - ativam artificialmente o rendimento orgânico (anfetaminas, cocaína e cafeína); e
- alucinógenas - ou perturbadoras - causam visão deformada das formas e das cores (maconha, ácido lisérgico, ayauasca e cogumelos).
É desolador o quadro de viciados, com idades cada vez menores, já havendo muitos casos de crianças com 8 a 10 anos já ingerindo drogas.
O risco maior está na faixa da adolescência, uma vez que sem evangelização, sem conhecimento das responsabilidades do espírito, com deformada escala de valores morais e éticos, o adolescente se desespera, fica deprimido e se refugia nas trevas da droga.
O Coronel Edson Ferracini, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, também psicólogo e grande estudioso dos problemas da droga na sociedade, informou que existem muitos e variados motivos que levam ao uso de drogas, variando de indivíduo para indivíduo, conforme sua personalidade e estado emocional, mas podem ser citados os principais: "fuga de problemas, modismo, imitação, desinformação, prazer de violar ou desafiar as convenções sociais ou familiares, auto-afirmação, falta de diálogo com os pais, facilidade do uso, influência de amigos, freqüência a maus ambientes, enriquecimento rápido, propaganda, desespero, falta de orientação na escola e falta da prática de esportes".
O número de pessoas viciadas aumenta por todo este planeta, trazendo graves problemas individuais e sociais, pois os tráficos internacional e doméstico envolvem muito dinheiro, violência e aumento da criminalidade.
O uso das drogas - ópio, morfina, codeína, heroína, cocaína e assemelhados - gera a chamada reação de abstinência, isto é, quando o viciado não consegue suprir sua necessidade, torna-se violento e desesperado, só se acalmando quando consegue ingerir a droga.
Inicialmente, a cocaína provoca euforia e, então, gera a dependência. Em seguida, começam a surgir os estragos que provoca no organismo, que vão desde a morte súbita a lesões hepáticas, cardíacas e nas glândulas sexuais. No cérebro, age sobre o hipotálamo, bloqueia os níveis pré-sinápticos e rompe os neurotransmissores dopamina, serotonina e noradrenalina, propiciando sentimentos de euforia, prazer e excitação sexual. Com o tempo, aniquilando os receptores pós-simpáticos, inicia-se a perda das funções da cocaína, produzindo estados paranóicos que chegam a níveis psicóticos e depressões graves, gerando ações suicidas.
Muitos se baseiam no uso de drogas alucinógenas - mescalina, peyote e cogumelos alucinógenos - por curandeiros e feiticeiros de tribos indígenas, esquecidos de que estes as usam como parte integrante de rituais onde existe controle sobre os efeitos das drogas, canalizando sua ação e conseguindo perfeita orientação dos efeitos produzidos para os fins que desejam, graças à sabedoria milenar de tratar com equilíbrio as forças da Natureza.
O Homem moderno, de mente científica e sendo um desconhecido das mais elementares leis da Natureza, não consegue o controle de sua mente, e, sob ação de alucinógenos, sofre profunda alteração em sua consciência, perdendo a percepção das formas, dos sons, da temperatura, dos odores, do tempo e do espaço.
Os efeitos das drogas e tóxicos se fazem no sistema nervoso central, destruindo as células nervosas, que são irrecuperáveis, produzindo total desequilíbrio da energia mental, o que torna incompatível o usuário com o seu trabalho espiritual.
As drogas dão a falsa impressão, em quem as usa, de que está lidando melhor com as próprias emoções, quando, na verdade, sua ação anestesia, disfarça e encobre essas emoções.
São considerados sinais gerais do uso de drogas:
- mudanças bruscas no comportamento;
- falta de motivação para as atividades comuns;
- queda do rendimento escolar ou abandono dos estudos;
- queda na qualidade do trabalho ou o seu abandono;
- inquietação, irritabilidade, insônia ou, ao contrário, depressão e sonolência;
- atitudes furtivas ou impulsivas, uso de óculos escuros mesmo sem excesso de luz, ou camisas de mangas longas mesmo no calor;
- sumiço de objetos de valor, em casa ou no trabalho;
- presença de comprimidos estranhos, frascos de xaropes ou colírios e seringas descartáveis;
- pausas demoradas, horários de refeições prolongados ou desencontrados, ausências do domicílio ou do trabalho inusitadas e por longo tempo;
- dívidas e telefonemas ameaçadores de agiotas;
- uso de sons em alto volume; e
- troca do dia pela noite.
Quando se desconfia de alguém, devemos conduzir com serenidade uma conversa franca, sincera e leal, buscando uma empatia que permita ao viciado se abrir e expor as razões que o levaram ao vício.
Devemos ajudá-lo, no âmbito familiar e de amigos, propondo a ajuda de médicos e profissionais, sem estigmatizá-lo nem o recriminar.
Esta é a hora de aplicar, da melhor forma possível, o amor, o carinho e a compreensão.
Na Doutrina do Amanhecer é, junto com o álcool e o cruzamento de correntes, o que de mais nefasto existe para o Jaguar.
Tão grave é o prejuízo causado pelas drogas ao organismo, que, na maioria dos casos, o usuário de drogas necessita reencarnar como deficiente mental ou físico, para restaurar, no corpo etérico, as células que foram deterioradas pelas drogas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário