O Doutrinador não tem outra escola que não seja a própria vida, suas lições pacientemente aprendidas no Templo, no lar, em seu local de trabalho material, na rua, enfim, onde estiver, aprendendo a aplicar o Sistema Crístico corretamente em cada acontecimento, o que significa decidir sobre a forma, a intensidade e a duração dessa aplicação.
Por isso é preciso que esteja, permanentemente, alerta e receptivo. Alerta para poder perceber cada detalhe do fato, e receptivo para poder receber a orientação de seu próprio espírito.
O Doutrinador não corre atrás da Doutrina. Atento, deixa que a Doutrina chegue até ele. Estabelece seu próprio programa, de forma a não conflitar com o seu padrão de vida, sua cultura e sua disponibilidade, e aprimora sua técnica, isto é, sua maneira de fazer as coisas.
O Doutrinador é o guardião do Apará, e por isso é enorme a sua responsabilidade no que diz respeito a mistificações e mensagens com interferências de Espíritos Inluz.
Deve aprender a conhecer muito bem as incorporações, pois há inúmeros casos de Espíritos das Trevas que incorporam sem os sinais do sofredor (enrijecimento muscular, contração das mãos, etc.).
Deve saber lidar com as diversas classes de sofredores e obsessores, buscando aplicar sua doutrina corretamente, com amor e propriedade.
A Doutrina do Amanhecer é uma Ciência, por isso é necessário que sejam aprendidas suas técnicas de trabalho. Nos menores gestos, desde o seu comportamento no Templo até na aplicação de chaves, passes magnéticos, enfim, em toda sua atividade nos trabalhos e rituais, está envolvida uma refinada técnica, que deve ser bem compreendida e aplicada pelo Doutrinador, para que seja eficaz e eficiente sua participação e, com isso, se sinta cada vez mais seguro. O Doutrinador deve procurar ter raciocínio ligeiro, elevada capacidade de manipulação e cuidar para que tenha sempre equilibrada suas condições vibracionais de seu Sol Interior.
Tia Neiva deu permissão para que o Doutrinador pudesse, em casos de extrema necessidade e excepcionais, desenvolver outros tipos de mediunidade que utilizam somente os chakras e plexos superiores, tais como a psicografia, a vidência, a olfação e a audição, porém sob observação e com a consciência de que essas funções podem prejudicar sua objetividade e sua sensibilidade e acuidade como médium doutrinador.